Folha de São Paulo
São Paulo, sábado, 14 de fevereiro de 2009
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Secretaria de Cultura volta atrás sobre suspensão de fomento à dança
ADRIANA PAVLOVA - COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Reunido ontem com cerca de 200 integrantes de companhias paulistanas de dança, o secretário municipal de Cultura, Carlos Augusto Calil, prometeu lançar ainda no primeiro semestre deste ano o 6º edital da Lei de Fomento à Dança, principal programa da área no âmbito da Prefeitura.O anúncio, realizado na galeria Olido, durante encontro improvisado de coreógrafos, bailarinos e produtores da área de dança, aconteceu cinco dias após a secretaria ter divulgado nota informando que, com o contingenciamento de 33% da verba da pasta, novos editais do Fomento à Dança estavam suspensos por tempo indeterminado.Durante o encontro, o secretário se comprometeu a buscar recursos para a próxima edição do programa, fixando a data de 31 de março para novas comunicações sobre a verba destinada ao fomento. Ele negou a extinção do programa. "Estou particularmente empenhado em lançar o 6º edital no primeiro semestre. Não há risco de extinção da Lei de Fomento à Dança. A mesma gestão que implementou este programa [foi lançado em 2005, pelo então prefeito José Serra] não pode extingui-lo. Ainda não sei de onde vai sair o dinheiro, mas farei um esforço para isso", disse o secretário.Pouco antes, no seu gabinete, Calil recebera um abaixo-assinado com cerca de 1.280 assinaturas contra a suspensão do programa, que ele prometeu entregar ao prefeito Gilberto Kassab. O secretário anunciou ainda que o pagamento da primeira parcela do 5º edital do programa, previsto para dezembro e ainda não realizado, será feito na próxima terça.Segundo Calil, com o corte do orçamento -a verba da Secretaria Municipal de Cultura caiu de R$ 370 milhões para R$ 255 milhões-, não é possível saber se os salários dos corpos estáveis do Teatro Municipal serão pagos no segundo semestre."Hoje, só temos dinheiro certo para pagar os próximos quatro meses de contrato e, quem sabe, outros quatros meses. Depois disso, não temos mais dinheiro. É algo urgente porque precisamos achar dinheiro para pagar esses salários", disse, referindo-se aos artistas que fazem parte da Orquestra Sinfônica Municipal, Orquestra Experimental de Repertório, Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo, Coral Lírico, Coral Paulistano e Balé da Cidade.Representantes das principais companhias de dança da cidade estiveram na Olido, como Sandro Borelli, Vera Sala, Célia Gouvêa, Iracity Cardoso (da São Paulo Cia. de Dança) e Mariana Muniz, num ato que culminou com muita gente deitada no chão levantando as pernas para cima e alguns batendo panelas.
sábado, 14 de fevereiro de 2009
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